A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) anunciou na segunda-feira (28) que conseguiu comprovar a existência de água líquida e corrente em Marte. A presença de água é tida como essencial para que haja vida (na Terra e, portanto, em outros planetas também). Mas para os astrônomos existir água no planeta vermelho não é nenhuma novidade.
Segundo o astrofísico Enos Picazzio, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo), a novidade é que agora se trata de água líquida na superfície, ainda que em pequena quantidade e dependente de estação sazonal (no inverno marciano a água congela, no verão ela descongela e desce as montanhas).
A presença de água em Marte já era conhecida. A maior parte da água que restou está concentrada abaixo da superfície, no estado sólido, devido à baixa temperatura local
Mas Marte não é o único lugar fora da Terra a possuir água. Cientistas já detectaram a presença de água em Ganímedes e Europa (luas de Jupíter), e Encelado e Titã (luas de Saturno), por exemplo. A diferença é que a água nessas luas está em oceanos localizados abaixo de uma crosta de gelo.
O estado físico em que a água se apresenta depende da pressão e da temperatura do planeta. "A atmosfera é importante para manter líquidos na superfície, pois além de gerar pressão ela pode manter a temperatura mais estável. Além disso, a atmosfera é indispensável para que ocorram ciclos com evaporação e precipitação (chuvas)", diz o astrofísico Denilso Camargo, cientista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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