A grande maioria dos veículos atualmente são
montados com para choques com capa de plástico, combinado com espuma de
absorção de impacto (de boa densidade), apoiada sob travessas do chassi ou
monobloco. O conjunto funciona dinamicamente com o monobloco, absorvendo o
impacto e deformando-o.
Por questões de segurança
os automóveis atuais são fabricados sob o conceito de deformação
progressiva, ou seja, em caso de batida, o para-choques se deforma
totalmente e absorve parte da energia que se dissipa com o impacto, se a batida
for mais violenta, a lataria dos para lamas e próxima aos cantos externos do veículo
também e mais "branda" que o normal, para a
continuação do processo de absorção, finalmente o habitáculo do veículo é construído obedecendo
a um padrão que lembra uma "gaiola" ou
um núcleo de sobrevivência, sendo adotado ainda barras
de ferro transversais reforçando as portas, e lembre-se automóvel foi
feito para andar e não para bater, caso isso ocorra o principal é a
integridade física de seus ocupantes, e não se o para choques ou o
para lamas amassou ou não, antigamente uma batida a 40 km/h em um muro
praticamente não amassava o carro , mas em 95% dos casos matava todos seus
ocupantes, como não havia dissipação da energia adquirida no choque, a mesma
era transmitida na sua totalidade para os ocupantes do interior do veículo.
Os para-choques rígidos de antigamente, eram
armas letais. Eram projetados para proteger a lataria dos carros e não para
proteger os ocupantes, eram fabricados com ferro e, seus suportes também eram
de ferro parafusadas direto no chassi, bem menos seguro.
Você sabia que o material usado como
absorvedor de impacto no para-choque da maioria dos carros tem o pior
desempenho entre todos os materiais disponíveis?
Esta é a conclusão de Mariana Paulino e
seus colegas da Universidade de Aveiro, em Portugal.
Sustentando o impacto
Os materiais
celulares sintéticos - espumas de polímeros e de metais - vêm sendo usados
como absorvedores de impactos há décadas.
Mas a Dra. Mariana acredita, e agora
demonstrou empiricamente, que a cortiça - a mesma cortiça usada como rolha de
garrafa - é um material muito mais eficiente e mais ambientalmente correto.
Segundo ela, o material natural pode ser
mais eficiente e mais barato do que o material sintético, além de poder ser
produzido de forma sustentável.
Materiais para absorção de impacto
A pesquisadora testou a capacidade de
absorção de impactos da cortiça, espumas metálicas e espumas poliméricas,
incluindo um produto introduzido recentemente no mercado e que vem sendo
apontado como um dos mais eficazes já feitos.
Os resultados indicam que a espuma de
poliuretano, usada nos para-choques da maioria dos carros, tem o pior
desempenho entre todos os materiais testados.
A espuma de alumínio tem a maior
capacidade de absorção, seguida de perto pela cortiça.
Todos os demais materiais se distribuem
entre esses dois extremos em termos de eficiência.
Como material de proteção contra impacto
para para-choques, portas, colunas e outros reforços estruturais, a cortiça
supera a espuma polimérica mais avançada disponível em termos de valor de pico
de aceleração de impacto.
De fato, em energias mais elevadas, o
que equivaleria a uma colisão em alta velocidade, a cortiça tem o melhor valor
de pico de aceleração.
Fique com a cortiça
Os pesquisadores investigaram também o quanto
os diferentes materiais testados invadem o espaço dos ocupantes do veículo em
uma colisão.
A espuma de alumínio apresentou o menor
deslocamento, seguido pela cortiça e, logo depois, pela espuma polimérica
estado-da-arte. A tradicional espuma de poliuretano foi novamente o material
menos adequado.
Os pesquisadores concluíram que, apesar
de a espuma de alumínio ser marginalmente melhor do que a cortiça micro
aglomerada, a cortiça é uma opção muito melhor para os veículos do futuro
por ser mais barata e mais fácil de processar do que a espuma de metal.
Contido em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cortica-para-choques-automoveis#.VjSyXPmrQdU, pesquisado em 31/10/2015 as 10h00.