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Durante anos, os astrônomos foram intrigados com um dilema conhecido como Conceito de Bariogénese, que diz que há um desequilíbrio na matéria bariônica e matéria antibariônica do Universo observável.
Em outras palavras o Big Bang deveria ter produzido quantidades iguais de matéria e antimatéria, o que não aconteceu. Existem várias hipóteses concorrentes para explicar esse desequilíbrio e, até então, não existia nenhuma teoria definitiva que pudesse explicar esse fenômeno. No entanto, os cientistas parecem ter feito uma descoberta que pode mudar o rumo desse dilema.
Astrônomos do Commonwealth Scientific (CSIRO), localizado no leste da Austrália, utilizaram os telescópios do observatório para reportar à IFL Science que possivelmente teriam descoberto estruturas “invisíveis” tão grandes que eles poderiam calcular que seu comprimento era semelhante à distância de uma rotação completa da Terra em torno do Sol. Essas estruturas estão localizadas na constelação de Sagitário e as respostas para o dilema dos cientistas podem estar dentro delas.
Segundo o Dr. Keith Bannister, astrônomo pela CSIRO, esses achados poderiam reformular drasticamente a forma como nós entendemos a existência de gás em nossa galáxia. Os especialistas também acreditam que essas entidades espaciais invisíveis existem a cerca de 3 mil anos-luz de distância, no entanto sua forma ainda é um mistério. Segundo Dr. Cormac Reynolds, também da CSIRO, talvez essas estruturas sejam planas, com bordas, ou “podemos estar olhando para dentro de um cilindro oco, semelhante a um fio de macarrão, ou são como uma concha esférica, como uma avelã”. E como se a confusão sobre a forma não fosse suficiente, eles também acreditam que essas estruturas estão se movendo a uma velocidade de quase 173.809 km/h (30 milhas por segundo).
Quanto à relação com o problema do conceito de Bariogênese, a IFL Science explica que um dos elementos da Teoria do Big Bang sugere que os átomos constituem apenas 4% da matéria do Universo e que o restante é composto de matéria e energia escura que não podem ser vistas. Segundo Bannister “a existência dessa matéria escura está ligada à ideia de como as galáxias são capazes de permanecerem juntas apesar de sua rotação e essas estruturas não foram pensadas para desenvolver um papel nessa história”.
No entanto, ainda há muita coisa a ser explicada sobre essa descoberta, os cientistas estão esperançosos de que essa pesquisa nos ajude a entender sobre os elementos invisíveis que existem em nosso Sistema Solar, que segundo eles, são reais e seus tamanhos e formas serão determinados.
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